Xirú Missioneiro repete fórmula de sucesso entre sertanejos e viraliza com 'batidão gaúcho'
Xirú Missioneiro, durante a produção do clipe de "Mega Répi" do guasca Arquivo pessoal Quero deixar registrado meus parabéns ao Xirú Missioneiro, esse bai...
Xirú Missioneiro, durante a produção do clipe de "Mega Répi" do guasca Arquivo pessoal Quero deixar registrado meus parabéns ao Xirú Missioneiro, esse baita artista que teve a coragem de sair da zona de conforto e se reinventar. Quando ele lançou a versão "Mega Répi do Guasca", uma mistura ousada e divertida da já arrojada "Répi do Guasca", confesso: eu não imaginava que o "batidão gaúcho" fosse tomar essa proporção. O Xirú virou febre nas redes, especialmente no TikTok, onde o refrão chiclete e o ritmo contagiante viraram trilha de milhares de vídeos. Serve para ilustrar uma imagem urbana, de uma máquina agrícola no campo e até mesmo de um "matungo" envenenado, como na letra. E eu tenho um orgulho danado de dizer que fui o primeiro a lançar um trecho da música, em primeira mão — já são 2,1 milhões de visualizações. Foi ali que tudo começou. O resto, como dizem, é história. E olha que eu falei pro cantor: "o pessoal vai criticar". Mas ele não se importou. E estava certo. No embalo do sucesso, produziu até um clipe de chorar de rir. Xirú Missioneiro viraliza com 'batidão' gaúcho "Nosso objetivo com o rap do guasca foi conquistar uma legião de jovens, de moças e de crianças, levando um pouco do nosso linguajar gaúcho num ritmo diferenciado que eles gostam", explicou o cantor ao Repórter Farroupilha. "Os mais conservadores acharam que não seria o ritmo certo, mas no final deu tudo certo, porque nós conquistamos essa gurizada que ainda não me conhecia", disse o Xirú . Essa música, que não me representa — obviamente —, não foi feita para o pessoal raiz, nem para celebrar o nosso amado Rio Grande. Foi pura diversão (inclusive pra mim) e mais nada. Então está tudo bem. Escuta quem quiser. Assim como os sertanejos vêm fazendo há tempos, o Xirú Missioneiro soube misturar ritmos, quebrar barreiras e dialogar com os jovens, levando um “naquinho” do nosso linguajar para além das fronteiras do Rio Grande do Sul. E tem mais. A letra, do compositor Vaine Darde, tem quem quê bem humorado de campanha anti-drogas. Vê só um trechinho: "Tchê guri, vê se te ajeita, porque essa cabeça feita vai ficar lelé depois. Nisso tudo o que mais dói é querer ser bad boy e ser só um pé-de-boi" Ok, a batida eletrônica nada tem a ver com o regionalismo gaúcho. Mas pode ser uma porta de entrada para a gurizada conhecer melhor o nosso cancioneiro. "Agora a estratégia é fazer essa gurizada gostar um pouco mais da nossa cultura gaúcha, da nossa história, que é muito rica", completou o cantor. VÍDEOS: Tudo sobre o RS