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VÍDEO: Vereador parte para cima de colega e precisa ser contido durante discussão em sessão no RS

VÍDEO: Vereador é contido após avançar em direção à colega durante discussão no RS Um vereador de Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul, ...

VÍDEO: Vereador parte para cima de colega e precisa ser contido durante discussão em sessão no RS
VÍDEO: Vereador parte para cima de colega e precisa ser contido durante discussão em sessão no RS (Foto: Reprodução)

VÍDEO: Vereador é contido após avançar em direção à colega durante discussão no RS Um vereador de Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul, precisou ser contido por funcionários da Câmara Municipal durante uma discussão com uma colega na sessão de terça-feira (2). O tumulto ocorreu durante um debate sobre o parcelamento do 13º salário de servidores. A vereadora Helen Cabral (PT) acusa o vereador Tony Oliveira (Podemos) de violência política de gênero. O parlamentar nega a agressão, mas pediu desculpas por ter se "exaltado". Diante do episódio, o presidente da Câmara suspendeu os trabalhos temporariamente. A vereadora cobrou providências da Mesa Diretora ainda no plenário e afirmou ter registrado um boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp A discussão começou quando os vereadores debatiam a proposta. Um outro vereador, Tubias Calil (PL), discutia com Tony pouco antes do momento. Segundo Helen, Tony se levantou, gritou, apontou em sua direção e tentou se aproximar, precisando ser contido por outros colegas. O momento foi gravado por quem estava na sessão (veja acima), mas a transmissão oficial da sessão plenária foi interrompida temporariamente, sem registrar a suposta agressão. O que diz a vereadora Helen Cabral Em nota, a vereadora afirmou que sofreu uma "clara tentativa de intimidação" enquanto defendia os servidores públicos. "A parlamentar foi atacada pelo vereador Tony Oliveira, da base do governo, que, aos gritos, abandonou o debate democrático e partiu pra cima de forma violenta", diz o comunicado. Para ela, o episódio configura "o mais grave ato de violência política de gênero já sofrido pela vereadora dentro da Câmara". Segundo a nota, "a agressão não se deu por divergência de ideias, mas por ser mulher ocupando um espaço de poder". A vereadora reafirmou que não irá se calar e que todas as medidas legais estão sendo tomadas. O que diz o vereador Tony Oliveira Também por meio de nota, o vereador Tony Oliveira pediu desculpas "pelo momento de exaltação". "Sou uma pessoa de temperamento firme [...] e acabei me alterando diante de provocações, insultos e inverdades", declarou. Ele, no entanto, negou a agressão e disse que os fatos estão sendo distorcidos. Segundo Oliveira, o bate-boca inicial era com o vereador Tubias Calil (PL) sobre a quebra de quórum na sessão anterior. Ele alega que Helen Cabral começou a filmar a discussão. "Ao perceber que estava sendo filmado, aproximei-me e disse apenas: 'Filma, Helen! Filma!'", relatou. O vereador do Podemos nega ter agredido a colega. "Não agredi a vereadora Helen, nem física, nem verbalmente. Qualquer afirmação nesse sentido é falsa". Ele afirma ainda que a assessora da vereadora "partiu para cima, proferindo novas ofensas". Ele finaliza dizendo que tem "absoluto respeito por todas as mulheres". Vereadora acusou colega de violência de gênero Damião Borges/Arquivo pessoal Nota da vereadora Helen "A vereadora Helen Cabral (PT) vem a público denunciar o grave episódio de violência política de gênero sofrido durante a Sessão Plenária desta terça-feira, 02 de dezembro, na Câmara Municipal de Santa Maria. Enquanto denunciava a falta de transparência do Executivo e defendia os direitos das servidoras e servidores diante do projeto de parcelamento do 13º salário, a parlamentar foi atacada pelo vereador Tony Oliveira, da base do governo, que, aos gritos, abandonou o debate democrático e partiu pra cima de forma violenta, em clara tentativa de intimidação. O ataque misógino não apenas ultrapassa todos os limites aceitáveis dentro de uma instituição pública, como configura o mais grave ato de violência política de gênero já sofrido pela vereadora dentro da Câmara. A agressão não se deu por divergência de ideias, mas por ser mulher ocupando um espaço de poder. O episódio ocorre justamente durante a 5ª Semana Municipal de Não Violência Contra a Mulher, lei de autoria da própria vereadora Helen e na semana em que a vereadora participa do Festival MEL — Movimento Mulheres em Luta, que neste ano discute exatamente a violência política de gênero contra mulheres parlamentares — o que evidencia a urgência do tema e a gravidade do ocorrido. A vereadora reafirma que não se calará. Todas as medidas institucionais e legais já estão sendo tomadas, incluindo comunicação à Mesa Diretora exigindo providências e registro de Boletim de Ocorrência na Delegacia da Mulher, para que o agressor seja responsabilizado e para que situações como esta jamais voltem a ocorrer. A política deve ser um espaço de debate, não de intimidação. A violência política de gênero é uma ameaça à democracia, e sua tolerância significa conivência com a exclusão das mulheres da vida pública. Helen Cabral seguirá firme no mandato. Pelo direito de existir, resistir e viver com dignidade — dentro e fora do plenário." Nota do vereador Tony "Quero iniciar esta nota pedindo desculpas pelo momento de exaltação ocorrido na Sessão Plenária do dia 02/12. Sou uma pessoa de temperamento firme, que defende seus princípios com convicção, e acabei me alterando diante de provocações, insultos e inverdades que estavam sendo ditas no plenário. Ainda assim, reconheço que poderia ter agido com mais calma, e por isso peço desculpas aos colegas e à comunidade. Dito isso, é necessário esclarecer o que realmente ocorreu, já que alguns grupos estão tentando distorcer os fatos e construir uma narrativa totalmente equivocada sobre o episódio. O debate começou quando questionei a quebra de quórum na última Sessão, situação que gerou prejuízos aos trabalhos da Câmara. Meu bate-boca foi diretamente com o vereador Tubias Calil (PL), que novamente faltou com respeito à Mesa Diretora e à Presidência, algo que infelizmente tem se repetido. Durante esse momento, a vereadora Helen começou a filmar a discussão. Em nenhum momento houve agressão verbal ou física da minha parte, como alguns estão tentando insinuar. Ao perceber que estava sendo filmado, aproximei-me e disse apenas: 'Filma, Helen! Filma!" Reforcei que o motivo da minha indignação era a quebra de quórum ocorrida na sessão anterior, protagonizada justamente pelo grupo que agora tenta criar uma narrativa falsa. Durante esse tumulto, enquanto eu pedia para Helen Cabral registrar o que realmente estava acontecendo, quem avançou de forma agressiva não fui eu. Pelo contrário: uma assessora da vereadora partiu para cima, proferindo novas ofensas e tentando incitar ainda mais o clima de hostilidade. Mais uma atitude contribuindo de forma decisiva para o acirramento do momento. O que me tirou do sério foi ver vereadores que saíram espontaneamente da sessão anterior, aplaudidos por manifestantes nas galerias, agora tentando posar de vítimas e acusando quem permaneceu trabalhando de ser o causador do problema. Quero deixar claro à comunidade: responderei sempre pelos meus atos, porque tenho responsabilidade com o cargo que ocupo. Mas não admitirei inverdades sendo espalhadas para manchar minha imagem. Não agredi a vereadora Helen, nem física, nem verbalmente. Qualquer afirmação nesse sentido é falsa, e todas as medidas legais serão tomadas para garantir que a verdade prevaleça e que aqueles que promoverem calúnias sejam responsabilizados. Tenho absoluto respeito por todas as mulheres, dentro e fora da Câmara. Minha trajetória pessoal e pública é marcada por respeito, diálogo e responsabilidade. Jamais teria qualquer atitude que pudesse ofender, desrespeitar ou constranger uma mulher, em nenhuma circunstância. Sigo trabalhando, com firmeza e transparência, em defesa da população de Santa Maria." VÍDEOS: Tudo sobre o RS