Quem é a promotora de justiça suspensa após suspeitas de usar funcionários do MP para escrever dissertação de mestrado e fazer compras no RS
Promotora de justiça Martha Beltrame Associação do Ministério Público do Rio Grande do Sul/Reprodução O Conselho Superior do Ministério Público afastou...

Promotora de justiça Martha Beltrame Associação do Ministério Público do Rio Grande do Sul/Reprodução O Conselho Superior do Ministério Público afastou do trabalho por 90 dias a promotora de justiça Martha Beltrame, que responde a procedimento disciplinar que apura denúncias de que ela usaria servidores e funcionários terceirizados do MP para fins pessoais. A decisão pela suspensão foi tomada semana passada. A promotora ingressou no Ministério Público (MP), em 1993, no Rio Grande do Sul. Já trabalhou em Getúlio Vargas, Capão da Canoa, General Câmara e em Viamão, além de Porto Alegre. Já atuou nas promotorias de Justiça Criminal Regional do Sarandi e do Controle Externo da Atividade Policial. Foi a primeira mulher a ser presidente da Associação do MP, cargo que ocupou entre 2018 e 2020. Entre 2014 e 2018, foi vice-presidente da instituição. Já atuou como professora da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), bem como diretora administrativa e financeira do Colégio de Diretores das Escolas e Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (CEAF) do MP em 2023. Ela foi mestranda Fundação Escola Superior do Ministério Público (FMP), mas reprovou. O caso teria relação com uma das denúncias pelas quais ela responde no Conselho Superior do MP (saiba mais abaixo). Veja os vídeos que estão em alta no g1 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp Sob investigação da corregedoria do MP há cerca de um ano, o relatório final do caso apontou que Martha teria cometido três infrações graves, passíveis de demissão. Elas envolveriam o uso de uma pessoa em cargo comissionado para a redação de uma dissertação de mestrado e de um funcionário terceirizado para fazer compras em mercado. "A promotora recebeu uma penalidade de suspensão por 90 dias e uma penalidade de censura. Se confirmada a decisão do Conselho Superior do Ministério Público, será aplicada a penalidade que implica em não recebimento de vencimentos", divulgou a assessoria de comunicação do MP ao g1 e à RBS TV. O MP não divulgou uma previsão de data para a decisão final do Conselho Superior do MP. Martha ainda pode recorrer. O advogado que faz a defesa, Rafael Maffini, diz que está "estudando as medidas necessárias para revertermos a decisão". "Respeitamos a decisão do Conselho Superior do Ministério Público, mas com ela não concordamos, uma vez que entendemos ser caso de total improcedência da portaria acusatória. Por tais razões, estamos estudando as medidas necessárias para revertermos a decisão", disse. Promotora de Justiça Martha Beltrame Reprodução VÍDEOS: Tudo sobre o RS