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Justiça anula júri que absolveu mulher de participação na morte de fotógrafo no RS

Paula Caroline Ferreira Rodrigues Divulgação/ PM O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) anulou o júri que absolveu, em 2023, Paula Caroline Ferre...

Justiça anula júri que absolveu mulher de participação na morte de fotógrafo no RS
Justiça anula júri que absolveu mulher de participação na morte de fotógrafo no RS (Foto: Reprodução)

Paula Caroline Ferreira Rodrigues Divulgação/ PM O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) anulou o júri que absolveu, em 2023, Paula Caroline Ferreira Rodrigues, acusada de participação no assassinato do fotógrafo José Gustavo Bertuol Gargioni. O crime aconteceu em Canoas, Região Metropolitana de Porto Alegre, em 2015. (relembre abaixo) A decisão desta quinta-feira (27) foi tomada em segunda instância, atendendo a um pedido do Ministério Público. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp "A 2ª Câmara Criminal decidiu pela anulação arrazoando que houve contradição na decisão dos jurados ao responderem os quesitos", informou o TJRS. Os quesitos são os questionamentos feitos aos jurados para embasar a decisão final do júri. Segundo o advogado Jean Severo, que representa Paula, um novo júri foi marcado para o dia 3 de março de 2026. Ao g1, ele disse que "certamente" sua cliente será absolvida novamente. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Na época, o julgamento ocorreu na 1ª Vara de Canoas, quando Paula ainda estava presa. Ela respondia por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Segundo a acusação, Paula mantinha um relacionamento com José e o teria atraído a um encontro, no qual ele foi morto por Juliano Biron da Silva, namorado de Paula e apontado como chefe de uma organização criminosa. Juliano teria assassinado o fotógrafo por ciúmes. Ele foi julgado e condenado a 18 anos. A defesa de Paula, no entanto, sustentava que ela teria sido coagida a participar do crime e que viveria em um relacionamento abusivo, com agressões físicas e psicológicas. Paula foi absolvida pela morte de fotógrafo com quem manteve relacionamento em 2015 Juliano Verardi/TJ-RS Prisões em 2015 Paula e Juliano foram presos ainda em 2015. Ela teve liberdade provisória concedida em 2018. O caso foi submetido a júri em 2020, e Juliano foi condenado por homicídio qualificado (meio cruel, motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima) e ocultação de cadáver. Ainda em 2020, de acordo com a polícia, Paula alegou problemas de saúde e não compareceu ao julgamento de Juliano. Ainda segundo a investigação, as alegações de problemas de saúde se repetiram, e foi expedido mandado de prisão preventiva para que Paula fosse levada a julgamento. O mandado foi cumprido e ela foi presa dois meses antes de ser absolvida. O crime José Gustavo foi encontrado morto em Canoas em julho de 2015 Reprodução/Redes sociais O fotógrafo José Gustavo Bertuol Gargioni foi encontrado morto em julho de 2015, em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, atingido por 19 tiros. A vítima havia desaparecido no dia anterior, quando foi a uma academia. Segundo a investigação, Gargioni foi torturado antes de ser morto. Mais de 300 horas de imagens, gravadas por 80 câmeras de segurança, foram analisadas pelos policiais. O crime teria acontecido após Paula chamar Gustavo para um encontro, que serviu como armadilha para que ele entrasse em um carro com Juliano. A polícia conseguiu acompanhar todo o trajeto feito pelo casal. Gustavo entrou no carro em que Paula Caroline lhe esperava para um encontro, sem saber que Juliano estava no banco de trás do veículo, armado. O casal levou Gustavo até a Praia do Paquetá, em Canoas, onde o fotógrafo ainda entrou em luta corporal com o homem e a mulher, mas acabou agredido e atingido por 19 tiros. Por pouco mais de dois anos, Gustavo trabalhou como fotógrafo do Palácio Piratini, sede do governo do RS, durante o mandato do ex-governador Tarso Genro. Antes de morrer, ele atuou em uma produtora de eventos de Canoas. O que diz a defesa de Paula "Paula sempre foi vítima de agressões do seu antigo companheiro, com agressões físicas e psicológicas. Não tinha motivo algum para querer a morte da vítima, Gustavo. Paula foi absolvida pelo conselho de sentença de Canoas e certamente será novamente, eis que inocente e só quer viver em paz com sua família."