Criminosos que usavam vídeo com deepfake de Lula para aplicar golpes em site falso do governo são alvos da polícia no RS
Imagem de site fraudulento identificado pela Polícia Civil no RS Divulgação A Polícia Civil realiza, na manhã desta quarta-feira (12), uma operação contr...
Imagem de site fraudulento identificado pela Polícia Civil no RS Divulgação A Polícia Civil realiza, na manhã desta quarta-feira (12), uma operação contra um grupo criminoso suspeito de estelionato usando sites falsos e deepfakes em todo o país. A ação, realizada pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul, cumpriu nove mandados de busca e apreensão, além de bloquear contas bancárias e bens dos investigados em Minas Gerais e São Paulo. A operação contou com apoio das polícias civis desses dois estados. O nome da operação faz referência ao serviço oferecido pelos investigados: a venda de contas de anúncios e perfis "aquecidos" (com muitos seguidores) para redes sociais, que seriam usados para alcançar pessoas, driblar bloqueios e facilitar fraudes. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp O prejuízo causado a vítimas em todos os estados brasileiros com o esquema ultrapassa R$ 1,3 milhão. Segundo as investigações, em um dos casos, a organização criminosa enganava vítimas com a promessa de uma indenização do governo. Veja como funcionava: O golpe começava com anúncios pagos em redes sociais, que direcionavam para páginas falsas que imitavam o site oficial do Governo Federal; Para dar credibilidade, os criminosos utilizavam vídeos manipulados com inteligência artificial, exibindo figuras públicas que "confirmavam" o benefício; As vítimas, muitas delas idosas, eram induzidas a informar o CPF e, depois, pagar uma taxa via PIX para liberar um valor que chegaria a quase R$ 6 mil; O dinheiro era enviado para uma empresa de pagamentos controlada pelo grupo e, em seguida, transferido para contas de laranjas; Para dificultar o rastreamento, os criminosos usavam serviços de proxy e VPN. Veja os vídeos que estão em alta no g1 O esquema era comandado por dois jovens de Conselheiro Lafaiete (MG): um deles, de 24 anos, dono do gateway de pagamentos, e o outro, de 25, responsável pela parte técnica e pela infraestrutura de anonimato. A investigação revelou que o dinheiro do golpe também chegava a um integrante em São Paulo. A Polícia Civil informou que o grupo mirava, principalmente, pessoas acima de 70 anos, incluindo idosos com mais de 80 anos. Durante a operação, cerca de 50 policiais participaram do cumprimento das ordens judiciais, que incluem apreensão de dispositivos eletrônicos, veículos de luxo e bloqueio de valores para ressarcimento das vítimas. Imagem de site que oferecia serviços para estelionatários no RS Divulgação VÍDEOS: Tudo sobre o RS